Quinta-feira Santa: Eucaristia, sacerdócio e comunhão

 

Foto: Reprodução/Internet

Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". (Lc 22, 19)


Iniciamos, hoje, Quinta-Feira Santa, o “Tríduo Pascal”. São dias em que fazemos memória ao mistério de amor: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, centro de toda ação litúrgica. Neste dia, celebra-se, pela manhã, a Missa Crismal, ou seja, todos os sacerdotes se reúnem ao redor do bispo, no altar de cada diocese, em sinal de comunhão eclesial, para renovar as promessas sacerdotais.


É de suma importância voltar o coração àquele momento do propósito do eleito, da promessa de obediência, da imposição das mãos e da oração consecratória, ao dia da ordenação de cada sacerdote.


A Igreja celebra, hoje, a Instituição do Sacerdócio Ministerial. Esse se fundamenta na livre oferta de Nosso Senhor Jesus que, na Última Ceia, apresentou um novo mandamento: o mandamento do amor que foi expresso pelos gestos, pelo silêncio carregado de sentido, pelas palavras profundas e comoventes que instituíram o Grande Sacramento do Amor, maior que a morte: “Tomai e comei, tomai e bebei” (cf. Mt 26,26-27).


Com um profundo gesto do lava-pés, sinal de humildade do servo que veio “para servir e dar a vida pelas ovelhas” (cf. Jo 10,11), Ele se faz exemplo para o sacerdote. Tudo se concretiza na Cruz. Advém disso a certeza de que, o sacerdote é um homem que atua a partir de Deus, por estar em comunhão íntima com Jesus Cristo.


Nesta Semana Santa, dias de subida interior ao Monte das Oliveiras, somos convidados a estarmos em profunda intimidade com Cristo, com Aquele que venceu a morte. Ele nos convida: “Ficai aqui e vigiai Comigo” (cf. Mt 26,38). Esse é o sentido desta noite santa que celebramos no dia de hoje: permanecer com Jesus. Ao permanecer com Ele, tomamos consciência de que não estamos sozinhos, pois, o Senhor sempre está conosco, ao nosso lado. É Ele quem dá sentido a tudo o que vivemos, até para os nossos sofrimentos, para as realidades que nem sempre encontramos explicação. Nem Jesus quis ficar sozinho, por isso, convidou Seus amigos para passarem essa noite sofrida com Ele. E você? Tem preferido ficar sozinho?


Padre Valdnei Rosa Teodoro


Para meditar:


(Jesus) esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. - São Paulo (Fl 2, 7)

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