Entre o otimismo e o pessimismo - Mensagem do dia - 03 de julho de 2021

  

Em tempos bicudos como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela, independentemente dos acontecimentos ao seu redor.


Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo de seu discurso. Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem falar sobre o futuro. Os pessimistas insistem em ponderar como deveria ter sido. Os otimistas ocupam-se em discorrer como poderá vir a ser.

Ao mesmo tempo em que um pessimista culpa o passado pelo presente, o otimista encontra nele os elementos para alavancar o futuro. É o jogo dos tempos, e cada um é mais hábil a seu jeito.


Lembro de uma colega de trabalho que sempre terminava as frases com “mas veja bem…”. Não importava o que vinha antes. Ela podia estar falando de um projeto, de uma conquista, de uma notícia boa, sempre emendava o “mas veja bem…”, e depois vinha uma consideração do tipo “é preciso ser cauteloso”, ou “as coisas nem sempre são como parecem ser”. De pouco importava quão auspiciosa era a notícia, sempre tinha um mas para colocar as coisas em perspectiva. A dela, claro, que quase sempre era pessimista.

Outra pessoa que emerge de minha memória é outro amigo querido, otimista de carteirinha. Ele também usava o mas, só que em outra conotação, evidentemente. Quase sempre seu “mas” vinha antes de “vamos dar um jeito”, ou “isso vai passar, você vai ver”.

Tem mas para todos os gostos. Depende de nós usá-lo para criar um bom ambiente, um estado de esperança racional, um estímulo à solução, ao desenlace ideal, ao melhor momento, ou não. Sempre podemos usar o mas para criar inspiração ou para jogar um balde de água fria no ânimo de qualquer um.


Proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria, no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram. Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o ditado, “não tem mas nem meio mas”. Só depende de nós.

EUGENIO MUSSAK


Conteúdo extraído do site da Rádio Arauto FM

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