O terrível hábito de se comparar com as outras pessoas
Eu faço isso. Você também: nós olhamos para o que os outros estão fazendo e desejamos que nós também estivéssemos fazendo aquilo. Ou, de maneira oposta, nós desprezamos aquilo que eles estão fazendo e os julgamos (e nos consideramos melhores que eles por isso). O primeiro hábito faz a gente desdenhar nossa vida, e o segundo traz uma sensação perversa de superioridade. Nenhum deles nos faz felizes.
Eu não sou um usuário muito ativo no Instagram, mas de vez em quando dou uma olhada – então eu vejo o tipo de coisas que são postadas: pessoas indo para festas, para a praia, tendo um jantar incrível, viajando o mundo, se exercitando, conhecendo pessoas famosas… em geral, vivendo uma vida extraordinária.Se você olhasse para esse tipo de fotos com uma certa frequência, seria fácil comparar sua vida chata (sozinho, olhando para o seu telefone) com a vida incrível que essas pessoas tem. Vários questionamentos começam a surgir na sua cabeça:
Por que você não está fazendo mais? Por que não está comendo comidas tão bonitas? Por que não está viajando nou praticando esportes radicais, ou fazendo qualquer outra coisa além do que está fazendo agora? Por que você não tem um corpo melhor?
Não é uma comparação justa, é claro. Essas pessoas tão incríveis não postam fotos de quando estão fazendo coisas mundanas, como sentar no sofá da sala e ficar checando o Instagram. Eles também não estão postando sobre suas ansiedades e seu tédio, seus hábitos negativos e procrastinação, suas inseguranças. O álbum do Instagram daquela pessoa não é uma descrição fiel de sua vida – é apenas uma seleção dos “melhores momentos”.
Mas mesmo que você fizesse uma comparação de igual para igual – seus “melhores momentos” contra os “melhores momentos” deles – qual a razão de fazer isso? Porventura os “melhores momentos” das nossas vidas precisam ser melhores do que os das outras pessoas? E será que esses “melhores momentos” determinam nossa felicidade? Será que a vida se trata de melhores momentos?
Não – a felicidade está em apreciar o que está na sua frente, e não em desejar que você estivesse fazendo outra coisa, sendo diferente do que você é. Você descobre a beleza da vida quando você presta mais atenção nela, e não quando fantasia sobre uma realidade diferente. Você não precisa ser melhor que ninguém: só precisa amar quem você é, onde você está, e o que está fazendo.
É isso que importa.
As comparações não nos fazem mais felizes e não nos ajudam a apreciar mais a vida – elas só fazem com que nos sintamos péssimos com nós mesmos. E isso é de partir o coração!
Ao invés de olhar para a vida das outras pessoas, veja a beleza que está na sua frente – ou até dentro de você. Aprecie cada momento, um de cada vez, e seja feliz onde você está.
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