O purgatório existe mesmo?
Foto: Renata Sedmakova | Shutterstock |
O purgatório existe mesmo? Quem quer saber é a Ivanilda, de Osasco, SP, e quem responde é o pe. Cido Pereira, da arquidiocese de São Paulo.
Ivanilda escreveu ao sacerdote, que mantém uma coluna de perguntas e respostas no portal arquidiocesano O São Paulo, explicando que o marido, que é católico e tem 71 anos, não acredita no purgatório porque, a seu ver, a Bíblia não o menciona. “O que devo fazer para ele acreditar?”, pergunta a senhora.
Eis a resposta do pe. Cido:
“Ivanilda, minha querida irmã. Eu prefiro sempre acreditar na misericórdia de Deus a achar que ele não perdoa. O salmista nos diz assim: ‘Dai graças ao Senhor porque ele é bom, e infinita é a sua misericórdia’. Percebeu, minha querida irmã? A misericórdia de Deus é infinita. Não tem fim.
Agora, o que nos ensina a doutrina do purgatório? Que aquelas pessoas que não chegaram a cometer pecados mortais ou cometeram e se arrependeram têm o perdão de Deus, mas devem pagar ainda as consequências dos seus pecados. Por isso, elas precisam de um tempo de purificação antes de contemplar o rosto de Deus. Chamamos a este tempo de purificação de purgatório. Há um livro na Bíblia chamado Macabeus. Nele, a gente lê que, após uma batalha, Judas ofereceu um sacrifício pelos que morreram.
E Jesus afirma que há pecados que não são perdoados nem nesta, nem na outra vida. Dizendo assim, Jesus admite que há pecados que são perdoados em outra vida”.
O purgatório existe
O pe. Cido prosseguiu:
“Por que, então, não rezar pelos mortos? Por que não pedir para eles a misericórdia infinita de Deus?
Por isso, irmã, nós, católicos cremos em três níveis da mesma Igreja: a Igreja militante, que está neste mundo; a Igreja triunfante, que já está contemplando a face de Deus; e a Igreja padecente, que se purifica antes de ir até Deus. Esses três níveis estão em plena comunhão. Nós rezamos pela Igreja padecente. A Igreja triunfante reza por nós. E a Igreja padecente, não podendo orar por si mesma, ora também por nós. Dê um abraço a seu marido”.
Fonte: Aleteia.
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